Sr Director (Independente):
A página “Verdade ou Consequência” da Vida do passado sábado é preenchida com uma entrevista a D. Isabel de Bragança. Acho interessante que se entreviste a Senhora, pois, quando menos se espera é restaurada a Monarquia, e convém que vamos conhecendo a nossa Rainha.
D. Isabel concluiu a entrevista com uma pequena tirada em inglês, o que se perdoa, desde que não exagere: os nossos Reis (mesmo enquanto ainda o não são) devem privilegiar o uso da língua portuguesa e quem não compreender, que meta intérprete!
O que me parece mal, é que a nossa putativa futura Rainha ao utilizar uma língua estrangeira o faça pontapeando a gramática. Se lhe dá para falar inglês (francês ou outro idioma), que o faça correctamente! Ora D. Isabel terá dito que os ingleses usam a expressão “What you don’t know, don’t harms you”.
Se bem me lembro, a forma enfática constrói-se com o verbo no infinito (harm, sem s), conjugando-se o auxiliar to do no tempo e pessoa que se pretende exprimir. No caso presente seria o tempo presente, na terceira pessoa do singular, ou seja doesn’t. Assim, os ingleses dirão correctamente “What you don’t know, doesn’t harm you”.
É claro que se D. Isabel se exprimiu correctamente, e o erro foi da transcrição feita pela D. Manuela Carona, parece-me que deve ser feita a devida correcção, para desagravo da nossa Duquesa.
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