Sr Director (PÚBLICO):
Comemora-se amanhã mais um ano sobre a queda do Estado Novo e, como todos os anos sucede, é altura de rever alguns protagonistas do 25 de Abril e dos tempos que se seguiram, há muito afastados do palco. A televisão mostrou-nos o companheiro Vasco acompanhado pelo Major Dinis de Almeida (quem se lembra dele, o cow boy do Ralis?!) numa escola, contando às criancinhas que antes da revolução o país pertencia a sete ou oito famílias, de modo que era preciso acabar com isso, etc e tal.
Apareceu o inefável Vasco Lourenço, a liderar os preparativos para as comemorações, e, como não podia deixar de ser, Otelo foi a estrela (pelo menos hoje), revoltado contra uns deputados que têm o atrevimento de o tratar como se fosse um chefe de mafiosos (pá!), ele que fez o 25 de Abril (pá!), e só não lhes vai à cara (pá!) porque eles têm imunidade parlamentar (pá!!!).
Não vou perder o meu latim a explicar que não é bem para isso que serve a imunidade parlamentar, nem explicar ao capitão de Abril que ninguém o forçou a andar por onde andou depois do brilharete que fez no golpe de 25 de Abril. Ninguém o obrigou a meter-se em aventuras políticas extrema esquerdistas, nem posteriormente a ligar-se (para não dizer mais) a um grupo bombista que matou, feriu e roubou, animado de mui nobres e elevados propósitos (como seria de esperar de gente tão fina).
Gostava, contudo, de recordar alguns momentos saborosos dos tempos do PREC e pós-PREC, proporcionados pela prosápia de Otelo. Lamentou-se um dia de não ter preparação política suficiente, pois se a tivesse, (pá) poderia ter sido o Fidel de Castro português. Para mostrar o seu desapego pelo poder, pois este pertencia ao povo (pá), afirmou um dia que o cavalo do poder lhe tinha passado ao pé (mesmo, mesmo ao pé), mas que ele não o tinha querido montar.
Resta saber se Otelo não montou o cavalo por não saber montar, ou se não o fez por preferir como montaria um burro.
Comemora-se amanhã mais um ano sobre a queda do Estado Novo e, como todos os anos sucede, é altura de rever alguns protagonistas do 25 de Abril e dos tempos que se seguiram, há muito afastados do palco. A televisão mostrou-nos o companheiro Vasco acompanhado pelo Major Dinis de Almeida (quem se lembra dele, o cow boy do Ralis?!) numa escola, contando às criancinhas que antes da revolução o país pertencia a sete ou oito famílias, de modo que era preciso acabar com isso, etc e tal.
Apareceu o inefável Vasco Lourenço, a liderar os preparativos para as comemorações, e, como não podia deixar de ser, Otelo foi a estrela (pelo menos hoje), revoltado contra uns deputados que têm o atrevimento de o tratar como se fosse um chefe de mafiosos (pá!), ele que fez o 25 de Abril (pá!), e só não lhes vai à cara (pá!) porque eles têm imunidade parlamentar (pá!!!).
Não vou perder o meu latim a explicar que não é bem para isso que serve a imunidade parlamentar, nem explicar ao capitão de Abril que ninguém o forçou a andar por onde andou depois do brilharete que fez no golpe de 25 de Abril. Ninguém o obrigou a meter-se em aventuras políticas extrema esquerdistas, nem posteriormente a ligar-se (para não dizer mais) a um grupo bombista que matou, feriu e roubou, animado de mui nobres e elevados propósitos (como seria de esperar de gente tão fina).
Gostava, contudo, de recordar alguns momentos saborosos dos tempos do PREC e pós-PREC, proporcionados pela prosápia de Otelo. Lamentou-se um dia de não ter preparação política suficiente, pois se a tivesse, (pá) poderia ter sido o Fidel de Castro português. Para mostrar o seu desapego pelo poder, pois este pertencia ao povo (pá), afirmou um dia que o cavalo do poder lhe tinha passado ao pé (mesmo, mesmo ao pé), mas que ele não o tinha querido montar.
Resta saber se Otelo não montou o cavalo por não saber montar, ou se não o fez por preferir como montaria um burro.
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