Sr Director (PÚBLICO):
A campanha para as eleições regionais tem vindo a decorrer com o pitoresco habitual, agora sem o saudoso e comedido irmão Bosco, mas, em compensação, com um Alberto João mais pataqueiro que nunca (pensava que não era possível!).
Não têm faltado renovadas guerrinhas com os padres vermelhos (bem apoiado pelo “seu” bispo e pelos “seus” padres) nem sequer contra o rectângulo. Imagine-se que uma tal Comissão Nacional de Eleições pensa que manda alguma coisa na Madeira!
Enfim, a habitual batucada.
Aconteceu, contudo, um facto novo e, na minha maneira de ver, muito grave: uma empresa pública que desde 1974 acumula prejuízos, só se mantendo no mercado à custa do erário público, a TAP, achou ser esta a boa altura para anunciar tarifas reduzidas para as regiões autónomas. O candidato socialista dos Açores rejubilou, e encheu o peito e a voz para anunciar que António Guterres respondeu deste modo aos seus pedidos.
“António Guterres, manda-nos um sinal...” dizia o candidato. E ele mandou.
Com isto, o candidato socialista lança na mesa um trunfo que vale por si e pelas expectativas que cria para o futuro no caso, claro, de ele ser eleito! E com os amigos que ele tem, é de aproveitar...
A TAP apresenta esta medida como um simples acto de gestão. Mesmo que o seja, o momento para o implementar ou simplesmente anunciar é manifestamente inadequado, favorecendo os candidatos regionais que pertencem à família no poder no cont’nente.
Se isto não é chicana política do mais baixo nível, não sei o que será!
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