Na madrugada de 25 de Abril a coluna de Salgueiro Maia chegou a Lisboa e só no Terreiro do Paço encontrou uma força armada credível que lhe fez frente. Era comandada pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis que, à frente de uma tropa de amadores, tentou obstar ao avanço do que parecia ser uma coluna isolada, sem mais apoios no resto do país, pelo menos que se tivessem manifestado até àquela hora.
Numa altura em que ministros choravam pelos cantos (a começar pelo titular do Exército, um General de 4 estrelas...[1]) e generais tentavam, desnorteados, perceber o que se passava, a pequena força da EPC acabou por triunfar devido à total inépcia de quem, não obstante o aviso representado pelo avanço em falso das Caldas, no mês anterior, não soube seleccionar uma tropa de confiança (GNR, PSP, Comandos) para defender o coração do regime, deixando-o entregue a uma tropa de milicianos que se desmoronou (e se passou para o lado dos revoltosos) na iminência de um confronto real, mesmo sendo claro que estavam no lado da força maior no terreno.
Na fragata que se passeava Tejo abaixo, Tejo acima [2], os tripulantes limitaram-se, aparentemente, a esperar o desfecho da situação em terra: não dispararam, é certo, sobre os revoltosos, contrariando as ordens recebidas, mas também só prenderam o Comandante do navio e aderiram à revolta quando esta triunfou em terra. (*)
Por muito que o considere “do lado errado desta história”, por muito que a sua acção seja ridicularizada (e exagerada...) nos filmes recentes sobre o 25 de Abril, a verdade é que o Brigadeiro Junqueira dos Reis foi o único oficial general que honrou as suas estrelas e os compromissos assumidos como oficial e como 2º Cmdt do Governo Militar de Lisboa. Esses compromissos tinham sido reafirmados semanas antes perante Marcelo Caetano, na tristemente célebre cerimónia do beija mão da “Brigada do Reumático”.
Muitos dos que meteram o rabo entre as pernas no 25 de Abril aparecem anos depois a tecer elogios ao anterior regime e em particular à sua política ultramarina, denegrindo o regime pós 25 de Abril. Percebe-se mal onde estavam naquela data e por que não se opuseram de armas na mão ao golpe que privou a Pátria dos territórios ultramarinos que, no seu entender, eram parcelas portuguesíssimas cujas populações mais não queriam que viver e morrer à sombra da bandeira das quinas. O sr General Kaúlza de Arriaga, tão disponível para mobilizar a Força Aérea contra Botelho Moniz, em 1961, deve ter estado muito distraído em 25 de Abril de 1974...
Resta dizer que também Marcelo Caetano se soube portar com honra e dignidade na derrota, não se deixando abandalhar rendendo-se ao primeiro capitão que lhe enviaram, aceitando fazê-lo apenas ao general Spínola, para o “Poder não cair na rua”.
Tal atitude, infelizmente, terá sido interpretada à letra por Spínola que assim se terá sentido legitimado como depositário do Poder, ainda que recebido de um chefe vencido (o que não deixa de ser caricato).
Nunca tendo sido mais do que o lider de um pequeno grupo de oficias (a guarda pretoriana dos tempos da Guiné), o General passou a querer mandar em toda a gente e no próprio MFA e procurou, durante a sua meteórica passagem por Belém, desenvolver uma política pessoal independente da do MFA (e até contrária a ela) em relação muita coisa, com destaque para o futuro de Angola.
Mais uma vez, isso são outros contos que não são para aqui chamados...
Numa altura em que ministros choravam pelos cantos (a começar pelo titular do Exército, um General de 4 estrelas...[1]) e generais tentavam, desnorteados, perceber o que se passava, a pequena força da EPC acabou por triunfar devido à total inépcia de quem, não obstante o aviso representado pelo avanço em falso das Caldas, no mês anterior, não soube seleccionar uma tropa de confiança (GNR, PSP, Comandos) para defender o coração do regime, deixando-o entregue a uma tropa de milicianos que se desmoronou (e se passou para o lado dos revoltosos) na iminência de um confronto real, mesmo sendo claro que estavam no lado da força maior no terreno.
Na fragata que se passeava Tejo abaixo, Tejo acima [2], os tripulantes limitaram-se, aparentemente, a esperar o desfecho da situação em terra: não dispararam, é certo, sobre os revoltosos, contrariando as ordens recebidas, mas também só prenderam o Comandante do navio e aderiram à revolta quando esta triunfou em terra. (*)
Por muito que o considere “do lado errado desta história”, por muito que a sua acção seja ridicularizada (e exagerada...) nos filmes recentes sobre o 25 de Abril, a verdade é que o Brigadeiro Junqueira dos Reis foi o único oficial general que honrou as suas estrelas e os compromissos assumidos como oficial e como 2º Cmdt do Governo Militar de Lisboa. Esses compromissos tinham sido reafirmados semanas antes perante Marcelo Caetano, na tristemente célebre cerimónia do beija mão da “Brigada do Reumático”.
Muitos dos que meteram o rabo entre as pernas no 25 de Abril aparecem anos depois a tecer elogios ao anterior regime e em particular à sua política ultramarina, denegrindo o regime pós 25 de Abril. Percebe-se mal onde estavam naquela data e por que não se opuseram de armas na mão ao golpe que privou a Pátria dos territórios ultramarinos que, no seu entender, eram parcelas portuguesíssimas cujas populações mais não queriam que viver e morrer à sombra da bandeira das quinas. O sr General Kaúlza de Arriaga, tão disponível para mobilizar a Força Aérea contra Botelho Moniz, em 1961, deve ter estado muito distraído em 25 de Abril de 1974...
Resta dizer que também Marcelo Caetano se soube portar com honra e dignidade na derrota, não se deixando abandalhar rendendo-se ao primeiro capitão que lhe enviaram, aceitando fazê-lo apenas ao general Spínola, para o “Poder não cair na rua”.
Tal atitude, infelizmente, terá sido interpretada à letra por Spínola que assim se terá sentido legitimado como depositário do Poder, ainda que recebido de um chefe vencido (o que não deixa de ser caricato).
Nunca tendo sido mais do que o lider de um pequeno grupo de oficias (a guarda pretoriana dos tempos da Guiné), o General passou a querer mandar em toda a gente e no próprio MFA e procurou, durante a sua meteórica passagem por Belém, desenvolver uma política pessoal independente da do MFA (e até contrária a ela) em relação muita coisa, com destaque para o futuro de Angola.
Mais uma vez, isso são outros contos que não são para aqui chamados...
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NOTAS:
[1] Andrade e Silva. Na foto ao lado, era ele vice CEME - Chefe do Estado Maior do Exército, (passaria a CEME pouco depois) tendo sido antes comandante da Academia Militar. Na foto estou eu, de óculos de aros pretos, à direita da excelência, e o famoso oficial dos comandos, Chung su Sing, à esquerda. (Clique na imagem para ampliar e ver melhor)
[2] O papel desempenhado pela fragata Gago Coutinho tem sido motivo de muita controvérsia: por que não disparou a fragata sobre os revoltosos, dando-se como certo que o Comandante era da velha guarda, eventualmente conotado com o regime? Qual a acção (se alguma) do Imediato, com metade da idade do Comandante, eventualmente ligado ao MFA? Houve insubordinação? ...?
A seguir ao 25 de Abril houve um inquérito que, tanto quanto apurei, não deu em nada. Mas os autos de declarações existem e podem ser consultados.
Em 2000 o Imediato de antanho, Caldeira Santos, produziu um depoimento que está depositado no Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra, e que foi contestado de forma veemente e muito bem documentada pelo comandante Louçã, que tentou demonstrar (nas suas palavras) que Caldeira Santos mentiu, inventou, fantasiou, etc, contradizendo no depoimento de 2000 afirmações feitas no inquérito de 1974.
Onde estará a verdade?
Tendo em conta o rol extenso de depoimentos em que se apoia o comandante, contra a falta de referências no texto do seu imediato, parece mais provável que ela esteja com o depoimento do Comandante Louçã .
De qualquer modo, leiam e formem opinião. Leiam também sobre o assunto no blog da Ana Marta .
(*) O comandante não foi preso, esta ideia, de que aqui fiz eco, não está correta. Muito do que se disse e se ouviu sobre o assunto naqueles tempos de muito boaro e pouca investigação continua hoje a ter os seus seguidores (houve ou não houve insubordinação a bordo? o imediatou foi ou não demitido? o imediato informou ou não o comandante sobre o papel que o MFA reservou à fragata? etc, etc). Parece, contudo, ter ficado claro que o comandante não foi preso pela tripulação e saíu pelo seu pé quando a fragata acostou ao Alfeite.
o Brigadeiro Junqueira dos Reis, simpático e amoroso senhor que foi um amigo certo do pai - estava com ele e alertou antes ainda dos sintomas serem mais nítidos...bom homem o Senhor Brigadeiro (onde andarão os filhos dele?! um deles meu colega...)
ResponderEliminarCreio que foi o teu colega (mais velho que nós uns bos seis ou sete anos) que me escreveu há tempos a agradecer o envio do livro e a informar da morte do Brigadeiro.
ResponderEliminarO artigo enferma por um erro de enquadramento histórico.
ResponderEliminarQuando aconteceu o 25 de Abril estavam mais que esgotados os "timings" para fazer em África algo diferente daquilo que protagonizaram os outros colonizadores (Inglaterra, Bélgica e até a França que já saiu à pressa da Argélia).
Poderíamos ter mantido outros "laços", sim senhor mas, depois de teze anos de guerra, com o evidente clima de "libertação" que era inevitável no Continente após 48 anos de ditadura, parece-me impossível fazer muito melhor.
Eventualmente, mesmo custando mais umas vidas, poder-se-ia ter tentado......
Vou falar na 1ºpessoa, porque estive lá, cumpri missões que constam dos relatórios, e da bibliografia publicada, falo do que vi e sei, de terceiros que estiveram onde estive e de mim, reporto-me a factos, e, obviamente que a história do 25 de Abril, contada como está, e como sempre aconteceu fala de meia dúzia, esconde o resto e, assim, serve a todos os paquidermes do costume,ignorância por idiotia ou má fé, que fazer?
ResponderEliminarMas heróis de PACOTILHA, comigo não…não… nunca. Já os enfrentei em muitos campos nos quartéis, na guerra, nos tribunais, logo não me enganam, nem nunca me intimidaram.
É falso que o Salgueiro Maia estivesse só no Terreiro do Paço, como alguns dizem, a Escola Pratica de Artilharia entrou em posição no Cristo Rei entre as 7 e a 8 da manhã. Cumprimos todos os horários, tomamos sem hesitação a unidade às 22 e 55 do dia 24, comandei a equipa de assalto ( tenente Pedro e tenente Sales Grade), fomos os primeiros e, aí, sim, sozinhos, a entrar no 25 de Abril, o que, revela a NOSSA SUPERIOR DETERMINAÇÂO, como está nos compêndios. A Escola de Cavalaria só foi tomada as 0h do dia 25. Saímos de Vendas Novas às 3h 00’ 00’.
Tínhamos vários objectivos: impedir qualquer movimento de tropas não amigas sobre a ponte- tivemos para deter a TUDO O CUSTO os fuzileiros navais; vigiar, controlar e fazer fogo sobre objectivos móveis no rio Tejo ,ou na Ribeira das Naus à ordem do Posto de Comando; bater objectivos fixos pré-determinados, como Monsanto, onde, o governo em 16 de Março se tinha refugiado; ajudar em tiro anti-carro com o obus especifico para essa acção o 8,8 ,o poderoso e assustador 8,8 com uma capacidade de conteirar de 360ª,sobre uma plataforma em fracções de segundo, podendo toda a bateria de 6 bocas, neste caso, fazerem fogo simultâneo em tiro directo, um potencial assustador, ponto. etc.
Esta força de artilharia CUMPRIRIA TODA AS MISSÕES não era composta por “cagados” mesmo que para efeito os tenentes tivessem de prender, pelo menos um dos capitães que sempre foi suspeito, e que fez asneiras e eu próprio o ameacei no Cristo Rei, era um reacça sem valor de quem todos suspeitavam, mas que na recta final aderiu ao movimento e o “grandioso “ comando do MFA lhe confiou o comando da companhia, para desespero dos tenentes operacionais e de mim próprio que nunca o vi de outro modo como sendo do 24 de Abril e aí se manteve, mas nunca este homem me impediria e aos demais de cumprir as missões, e havia uma que se tivesse de cumprir lhe custaria muita cara, e, por isso, o ameacei que era a de fazer fogo sobre a ponte para deter forças adversárias, sem antes termos dito ao pessoal das portagens para cavarem, o que este … … não permitiu .
A força da Escola Pratica de Artilharia andou com infantaria e artilharia livremente por Lisboa, nem jornais, nem polícia viram nada, libertamos os presos do 16 de Março na Trafaria os então Tenentes coronéis Almeida Bruno, Monge, Varela etc
Mas que inversão de valores? Então a coragem está do lado de quem manda abrir fofo contra um homem desarmado, onde e quando? A coragem esteve do lado do tenente Assunção, Cap Salgueiro Maia; Alf Souto Maior e do soldado que não disparou.
Mas então porque não fez fogo o Brigadeiro, sobre o Salgueiro? O RDM e o CJM até o permitiam, para fazer cumprir ordens, podiam os chefes militares usarem de todas as medidas extraordinárias até a sua arma, o que não era em termos teóricos algo que face a dados quadros não fosse pensado, pelo menos na guerra, nos romances há narrativas de cenas dessas, logo…
Quanto aos soldado serem uns básicos, mas que triste argumento, pois geralmente essa gente diz que a guerra estava ganha, mas onde pára um grama de decência nesta gente, então os soldados do 25 de abril eram una nabos e os da guerra uns heróis, mas como? O argumento que lá aprendiam é certo, mas não chega, os soldados iam para a guerra por volta de um ano e qualquer coisa, dois, eram lá comandados pelos mesmos oficiais que fizeram o 25 de Abril e que lhes davam instrução, mas aqui eram uns nabos e lá muito bons, mas isto pode ser assim?
Belo discurso, João; belo e loooooongo. Além disso não tem nada que ver com o que eu escrevi.
ResponderEliminarSe te deres aotrabalho, limitei-me a dizer (e reafirmo) que o bigadeiro Reis "foi o único oficial general que honrou as suas estrelas e os compromissos assumidos como oficial e como 2º Cmdt do Governo Militar de Lisboa". Não digo rigorosamente mais nada.
Sobre os soldados serem uns básicos, isso deve ser ideia tua: neste post nada refiro sobre esse assunto (nem básicos, nem valentes, nem ... nada).
Tens a certeza que não comentaste o post errado?
Parece...
Não me limitei ao teu texto,mas no essencial sim. Quanto aos militares embora dizendo de um modo mais cru, usei a linguagem mais de caserna,no texto está tropa de amadores e ineptos,bem no fundo em linguagem de caserna UNS NABOS, Básicos, mais coisa, menos coisa. Salgueiro Maia não estava só: a força que se deslocava pela avenida das naus podia ser bombardeada, a da rua o arsenal podia ser cercada por nós pela retaguarda. Do Cristo Rei à praça do comercio não é nenhuma eternidade. NO Cristo Rei estava em posição desde as 7 horas uma poderosa força, não havia só em lisboa as Forças da EPC e do Brigadeiro,havia pelo menos mais a EPA e a partir de dada altura da manhã os fuzileiros Navais e muito mais tarde do que esteve previsto as forças de Cavalaria de Estremoz.
EliminarAinda:
EliminarA manobra é dinâmica se não nos deslocamos foi porque não foi preciso, como não foi, ou o comandante da acção era incompetente, se correu riscos que podia atenuar.
Quanto à atitude estritamente militar do Brigadeiro compreendo,que alias foi a de um tenente coronel que sempre muito respeitei e respeito a do ten-cor Nascimento,2º Comandante da EPA o que está em causa é agressão ao tenente Assunção e a ordem para abrir fogo contra um capitão desarmado, o Salgueiro Maia. abraço
"Marcelo Caetano se soube portar com honra e dignidade na derrota, não se deixando abandalhar rendendo-se ao primeiro capitão que lhe enviaram, aceitando fazê-lo .." o que é isto?
ResponderEliminarFica então a saber que:
os capitães do MFA eram capitães-generais do campo de Batalha do 25 de Abril, e de facto o senhor tinha de se render era a um capitão,ponto final. Não ora as trapalhadas da cabeça do Otelo era isso que deveria ter acontecido, e nem sequer a rendição no Carmo deveria de ter sido tão demorada,ponto.
Capitães-generais?! Deves estar a dar largas à tua exaltação ético-patriótica, versão castrense, como tão bem sabes fazer...
ResponderEliminarSó conheço esse posto no exército espanhol.
O Maia foi um senhor, isso sim, tratando Marcelo Caetano com deferência e chamando Spínola (enfim ele ou o posto de comando) para receber a rendição.
Por algum motivo foi o único capitão de Abril a cujo funeral fui e onde cantei o Grândola vila morena, em singela homenagem.
Voltando ainda ao Brigadeiro Reis ele tinha (já faleceu) dois filhos, um deles era oficial do exército, um bocado mais velho que nós (uns 10 anos). A estalada que deu ao Alfredo Correia Assunção enquadro-a perfeitamente numa ação paternal (à moda antiga, é certo...) de quem vê o filho a "desgraçar a vida".
ResponderEliminarE insisto que enquanto todos os generais do regime (e daí para baixo...) metiam o rabo entre as pernas ele fez o que lhe competia - ou tentou fazê-lo, acabando por ficar como o símbolo da resistência frouxa e desgarrada do regime ao golpe dos capitães.
Oh Correia Capitão-general sim, mas nada tem a ver com essa hierarquia castrense tem a ver com o significado heróico, histórico, ético patriótico sim grandes CAPITÃES GENERAIS, como VASCO DA GAMA, OU MELHOR CAPITÃES MAIS QUE GENERAIS.
ResponderEliminarComo te disse e repito militarmente compreendo o levantamento do Brigadeiro, compreendia até que bombardeasse as forças do Salgueiro, como o Salgueiro as dele,como nós artilheiros faríamos fogo sobre ele e o navio de guerra, NÃO ACEITO È o acto CRIMINOSO da pura EXECUÇÃO DE UM MENSAGEIRO,nem na Idade Média, ponto,
A execução de um camarada desarmado, emissário do diálogo - SERIA,É UM ASSASSINATO,puro, um crime,neste caso frustrado e nunca julgado, ponto.
Aqui faltaram os capitães-generais de Abril, foram uns berda-merdas,no julgamento dos crimes, muitos, do fascismo,ponto. O brigadeiro tinha de ser julgado pelos tribunais normais. Em nome do Povo os tribunais isentos e justos tinham de o julgar, ponto...
Discordo. Pronto!
ResponderEliminarA revolução do 25 de Abril foi despoletada pelo “agressivo e ofensivo” Decreto-Lei nº 353/73 que permitia aos oficiais milicianos passarem para o quadro de oficiais depois de curso intensivo de dois semestres! E eis que os capitães de Abril ao verem as suas promoções entupidas pelos milicianos, com a embalagem dos tiros que davam em África, decidem fazer uma revolução que foi apelidada dos cravos, mas que mais não foi do que uma revolta para defenderem as suas carreiras e promoções!
ResponderEliminarComo em todas as revoluções os objectivos são quase sempre ultrapassados com o rápido desenrolar dos acontecimentos e o 25 de Abril não foi excepção; felizmente que aos trabalhões, aos saltos e aos ziguezagues para a esquerda e para a direita a revolução acabou numa inocente democracia que está longe de agradar à esquerda, à direita, ao centro e aos inconformados.
https://youtu.be/UVqpwpY4i7s